Rio Grande das Oliveiras
Essa não é a história de uma pessoa. Mas, algumas. E de uma, umas, árvores.
Recebi um livro ainda não impresso. “Primeira mão”, “Quentinho”, como me disseram.
Nas primeiras páginas, um trecho me saltou aos olhos:
“Nenhuma outra espécie, viu o florescer de muitas civilizações, a decadência dos povos e foi a testemunha dos andantes na construção de um mundo repleto de vicissitudes”.
Rio Grande 2023 – Uma árvore. Aparentemente comum…mas…com centenas de anos e ainda produzindo azeitonas. Possivelmente a Oliveira mais velha do Brasil.
Com isso, entramos na Tradição da Cultura da Oliveira em Rio Grande.
E com ela, tantas outras coisas…
“Roberto Duhá, vinha do mundo urbano onde há circulação de pessoas nas praças, repartições públicas, nos jornais do Mercado, nas Igrejas, nas agências marítimas, com seus escritórios de representação, cinemas, teatros e o cais do porto vislumbrando um cenário por onde circulava parte considerável da produção e da riqueza rio-grandense, traçando por livre vontade, o paralelo do município, no seu enclave rural, ainda tão pouco conhecido. Ele conseguiu essa proeza. Seus caminhos preferidos, sempre em olhares atentos, voltados para a liberdade do campo. Esse modo rural (tempo de cultivo) e o modo urbano (tempo paisagístico) se entrelaçam..”
Conversando com o Autor Cledenir Vergara Mendonça, ele contou um pouco sobre suas pesquisas e como foi escrever o livro:
“O Horto do Povo Novo, sabia do pioneirismo das pesquisas das oliveiras. Mas não tinha o nome, nem os processos como isso se desenvolveu. A família do Roberto Duhá, por apresentarem um conhecedor da História, me deram dados sobre o pai. Então, parti para as pesquisas diante das datas que me passaram. Na Biblioteca Rio-Grandense com os jornais entre 1948/54 , os Arquivos da Prefeitura e Relatórios, fui compondo o fascínio de Roberto Duhá com as oliveiras em Rio Grande”.
Artigos de jornais dos anos 90, relatam sobre projetos que foram desenvolvidos para “resgatar esse histórico da cidade” e para “instruir sobre o preparo, o plantio, a colheita, a industrialização – conserva da azeitona – produção do azeite”.
Hoje, esses projetos retornam. Já dá para imaginar a quantidade de pessoas envolvidas nesse retorno, não é mesmo?
Mas, é só o início…ou a continuação dessa história.😉
Imagens: Acervo Pessoal
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